terça-feira, 29 de dezembro de 2009

_a senha da liberdade_


Talvez o mais profundo dos oceanos ou a raridade dos diamantes, e até mesmo a imensidão do céu me dê a capacidade de descrever sensações. Porém, agora, eu só preciso do perfume das flores, do toque do vento e do sol refletindo em meu olhar. Preciso das minhas palavras escritas no papel e lapidadas na minha alma, preciso do meu sorriso impresso em uma foto, e o som da minha voz gravado, eternizado. Não preciso ouvir as pessoas, peço que elas me ouçam. Não preciso procurar lugares para ir, meus pés sentem a energia da terra e me levam aos lugares certos. Eu quero manter minha bússola maior, minha forte instrutora, o que me leva a qualquer lugar e me tranca com uma só trava. Eu quero descobrir a cada dia os códigos desse cofre que ninguém abre, e quando eu abrir, decido pra quem revelarei a senha. Só quero aprender a segurar as emoções deste coração alquimista ou libertá-lo dessa constante puberdade.

Deise Alves

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